terça-feira, 16 de outubro de 2007

A INFLUÊNCIA DO REINO DE DEUS NA POLÍTICA

Vivemos numa sociedade cheia de intrigas e ambigüidades, mas apesar disto todos nós precisamos de leis e diretrizes. Seria impossível para qualquer sociedade subsistir sem que houvesse governantes, autoridades e organizadores. As funções do governo são a de nos proteger através da criação e cumprimento de leis justas e praticáveis, nos garantirem liberdade de escolha, proteger os direitos do cidadão, e a defesa da nação. Os negócios estão diretamente ligados com esta área, pois cabe aos nossos governantes fiscalizarem todo tipo de negócio que se realiza no país, prevenindo assim as transações ilícitas que colocam em risco a integridade da nação e de seus habitantes. Para isso torna-se necessária e indispensável à presença de cristãos na política para que sejam aprovadas leis e decretos ajustadas à Palavra de Deus. Por muitos anos a igreja se ausentou da política, com isso mais e mais homens, sem o temor de Deus, criaram leis que impediam que a justiça de Deus se manifestasse às nações. Governos ateus, muçulmanos, católicos e outros fanáticos conquistaram o domínio dos principais países no mundo, o cristianismo verdadeiro caiu em descrédito, à perseguição física aos cristãos não é tão real como no passado, porém um outro tipo de perseguição tem acontecido. Estou falando da perseguição moral, esta se revela com a proibição da pregação da palavra, o crescimento do islamismo, budismo e humanismo, os freqüentes escândalos políticos, econômicos e morais envolvendo evangélicos. Esta perseguição parece ser muito pior que a vivida nos tempos de Roma ou de Hitler, pois não há lugar para mártires ou heróis da fé, quase ninguém mais acredita na inocência dos cristãos. Somos condenados por nossas próprias atitudes (ou falta delas), não temos nos preparado para dar ao mundo qual é a razão da nossa fé. É hora de reavaliar nossas teologias, reciclar nossa visão em relação à participação ativa nos negócios do nosso país, na aprovação de leis para a nossa sociedade. O cidadão do Reino de Deus é um agente transformador, não um mero espectador.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

REFINANDO A PRATA

"Ele assentar-se-á como fundidor e purificador de prata"... (Malaquias 3.3)

"Havia um grupo de mulheres num estudo bíblico do livro de Malaquias. Quando elas estavam estudando o capítulo 3, elas se depararam com o versículo 3 que diz: "Ele assentar-se-á como fundidor e purificador de prata"... Este verso intrigou as mulheres e elas se perguntaram o que esta afirmação significava quanto ao caráter e natureza de Deus. Uma das mulheres se ofereceu para tentar descobrir como se realizava o processo de refinamento da prata e voltar para contar ao grupo na próxima reunião do estudo bíblico. Naquela semana esta mulher ligou para um ourives e marcou um horário com ele para assisti-lo em seu trabalho. Ela não mencionou a razão de seu interesse na prata nada além do que sua curiosidade sobre o processo de refinamento da prata. Enquanto ela o observava, ele mantinha um pedaço de prata sobre o fogo e deixava-o aquecer. Ele explicou que no refinamento da prata devia-se manter a prata no meio do fogo onde as chamas eram mais quentes de forma a queimar todas>as impurezas. A mulher pensou em Deus mantendo-nos num lugar tão quente, depois ela pensou sobre o verso novamente, que ele se assenta como um fundidor e purificador da prata". Ela perguntou ao ourives se era verdade que ele tinha que se sentar em frente ao fogo o tempo todo que a prata estivesse sendo refinada. O homem respondeu que sim, ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos na prata tempo inteiro que ela estivesse no fogo. Se a prata fosse deixada,apenas por um momento, em demasia nas chamas ela seria destruída. A mulher silenciou por um instante. Depois ela perguntou: "Como você sabe quando a prata está completamente refinada?" Ele sorriu e respondeu: "Oh, é fácil! Quando eu vejo a minha imagem nela".

IGREJA LUZ DO MUNDO - Mt.5.14-16

Jesus nos compara nesta parábola a luz da candeia. Ele vai dizer que não se deve esconder a luz da candeia, mas que ela deve ser colocada no velador para iluminar, trazer luz a todos que se encontram na casa. Ele também diz que não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.

Fico pensando na realidade da Igreja do século 21. Que influência causamos no mundo hoje. Será que somos como cidade edificada sobre um monte? Será que temos sido como a candeia no velador?

Há dois anos saiu em todos os jornais de conteúdo evangélico que o estado do Rio de Janeiro é 2º colocado no ranking de evangélicos no Brasil, em que isso tem demonstrado a diferença ou relevância se olharmos para o escândalo dos anões do Orçamento ou do “Mensalão”. O que dizer da violência generalizada que constitui um governo paralelo, sem falar do abandono das crianças, dos idosos.

Existe uma estatística que diz que 35% das finanças no mundo estão nas mãos dos evangélicos, o que isso faz diferença quando falamos da distribuição de renda ou das péssimas condições de trabalho e salários que enfrentamos no mundo inteiro.

Acredito que uma cidade edificada sobre o monte deve ser vista com olhos de admiração, uma candeia serve para iluminar a casa, isto é, suprir a luz onde existem trevas. Como podemos ainda falar de missões hoje e não estarmos dispostos a mudar esse quadro. Uma Igreja para ser missionária precisa cumprir com no mínimo alguns requisitos que o próprio NT nos aponta, se não for assim não teremos a menor credibilidade diante da sociedade e da proclamação do evangelho.

Creio que pelo menos três requisitos são essenciais para uma Igreja desenvolver um trabalho missionário, seja local, nacional ou mundial.

1 – A missão da Igreja é holística. A Igreja como sal da terra e luz do mundo deve fazer a diferença nos vários setores da sociedade, principalmente no socorro aos menos favorecidos. A injustiça social, verdadeira afronta contra a imagem e semelhança de Deus, tem solapado nosso país e a Igreja muitas vezes tem se afastado como se nada tivesse com isso. É verdade que a Igreja não é uma instituição político-partidária que deva defender qualquer bandeira política. É mais que isso. Ela é uma instituição divina. Por isso mesmo, tem o dever ético e moral de ser mais justa do que qualquer governo ou partido político pretenda ser. A Igreja "não prega uma forma de governo, mas cria uma consciência democrática, à luz dos conceitos de liberdade, de dignidade humana, de respeito ao próximo e, sobretudo, de amor a Deus e à humanidade". Os cristãos foram postos no mundo para ser a consciência da sociedade. A Igreja deve ser a voz do que clama no deserto a fim de fazer a diferença no mundo. Precisa deixar o monte da transfiguração e descer até ao sopé onde se encontram os excluídos. Uma opção preferencial pelos pobres? E por que não? O evangelho é para todos, porém, somente o pobre precisa ser atendido também em suas necessidades básicas prioritárias, por causa da má distribuição de renda de nosso país, como resultado de uma política social opressora.

2 - A missão da Igreja é bíblica. A integralidade da Igreja é bíblica e se baseia na missão integral de Deus. A missão integral da Igreja é ampla, assim como é ampla a missão integral de Deus, visto que a dimensão dessa missão é vertical e horizontal. O compromisso da Igreja com Deus (vertical) resulta nela um compromisso com a criação em geral e com o ser humano em particular (horizontal). A missão integral da Igreja é "comunhão, adoração, edificação, evangelismo e serviço". (Os compromissos da missão: A caminhada da Igreja no contexto brasileiro. Manfred Grellert, 1987, p.22)

3 – A missão da Igreja é para este tempo, mas nem sempre com resultados imediatos. Toda a ação missionária da Igreja precisa acontecer aqui e agora, mas nem sempre seremos nós que colheremos os frutos no nosso plantio. Todas as pessoas para quem testemunharmos ou todas as comunidades em que influenciarmos espiritual e socialmente talvez não sejam transformadas imediatamente e a Igreja brasileira deve aprender que os resultados vêm de acordo com a ação de Espírito que nem sempre segue o nosso padrão de tempo.

Ainda creio numa Igreja sadia, santa, inclusiva e que não se subdivide em partidos. A missão integral precisa ser vista como uma responsabilidade para o nosso século, caso contrário, mas uma vez seremos meros expectadores da história do nosso tempo.

Era uma Igreja muito engraçada... não tinha teto, não tinha nada. (Parte 2)

Antes que façam qualquer tipo de comentário acerca das minhas motivações quanto ao artigo anterior, quero destacar algumas coisas que me fizeram publicá-la no blog. 1 - Eu acredito numa Igreja que seja contemporânea, o que não significa uma igreja que abre mãos dos princípios bíblicos que são inegociáveis; 2 - Sonho muito com uma Igreja onde se priorize as pessoas e não os projetos, ou tradições denominacionais ou caprichos da liderança; 3 - Quando o artigo fala de uma igreja sem pastor, ou líder ou diácono é porque se imagina um lugar onde todos sejam iguais. A Igreja precisa ser um lugar de aceitação onde cada um possa desenvolver os seus dons e talentos livremente e não uma instituição de hierarquias e classes dominantes, onde poucos mandam e todo o povo apenas obedece sob pena de serem considerados rebeldes quando se atrevem a questionar "os ungidos"; 4 - No livro dos Atos dos Apóstolos nós conhecemos uma comunidade onde todos dividiam seus bens com todos igualmente. Quando será que nós abriremos mão dos nossos projetos pessoais para cumprir com este chamado da Igreja? Alisto aqui apenas essas quatro de uma lista que poderia ocupar toda a capacidade de informações desta página, porém, creio que elas transmitem toda a minha motivação em sonhar com uma Igreja bem diferente da que hoje conhecemos. Eu não desisto da Igreja mas estou muito desapontado com os que lançam mão de autoridade sobre ela e acabam destruindo sonhos como este. Oro para que Deus alcance os corações dos nossos pastores e líderes para que enxerguem um pouco além dos seus próprios desejos e expectativas e aprendam que na Igreja as pessoas são mais importantes que as regras, o dinheiro, as reformas, as tradições denominacionais ou qualquer outra burocracia que faz da Igreja de hoje um órgão engessado, cruel e incapaz de ganhar o mundo para Cristo. No amor do mestre.

Era uma Igreja muito engraçada... não tinha teto, não tinha nada.

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases. Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineiraNão havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles. Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente. Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo. Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”. (texto transcrito de uma mensagem recebida no ORKUT...)

ALGUMAS FACETAS DO CHAMADO DE DEUS

A história conta que Deus sempre escolhe pessoas para realizar os seus propósitos aqui na terra por mais simples ou mais complexos que sejam. Deus conta com o homem, mas não qualquer homem. Deus quer salvar todas as nações, mas não de qualquer jeito. Deus tem urgência, mas não faz nada às pressas.

Encontrei quatro princípios em Marcos 15. 21 e 22. Talvez você pense o que este texto tem a ver com chamado missionário, o que esse pobre coitado do Simão pode me ensinar a respeito do chamado às nações? Ele caiu na história de “pára-quedas” e talvez nunca tenha ouvido falar de Jesus antes, foi forçado a levar a cruz e quem sabe tenha odiado aquele dia como nenhum outro em toda a sua vida. Quero convidá-lo a prestar atenção para algumas coisas profundamente relevantes para nós que desejamos cumprir o propósito missionário de Deus:

1 - O propósito do chamado missionário é sempre maior do que aquilo que esperamos ou o que representa para as pessoas. – a amplitude da missão que Simão foi incumbido só se torna visível quando olhamos para o resultado final. Jesus chegou até o Gólgota, foi crucificado, ressuscitou para livrar toda a humanidade da maldição do pecado. O propósito do chamado missionário tem haver com o resgate das nações, o ser testemunha para todos os povos da terra. Nós temos uma dificuldade incrível de entender a razão de missões, entendemos obra missionária como simples atividade evangelística e assim preferimos ficar em Jerusalém sem nunca precisar ir até os confins da terra. Só que Deus quer nos levar para lugares que nunca imaginamos. A primeira impressão que podemos ter de Simão carregando a cruz pode parecer sem sentido, afinal de contas ele não precisava estar ali, mas quando entendemos que ele fez parte do plano da salvação de Deus para o homem, aí sim, faz toda a diferença. Então precisamos entender a diferença de evangelização, para missões. Evangelismo é a missão que todo crente têm em compartilhar o evangelho a todos os que o cercam. Missões é o cumprimento da tarefa de anunciar Jesus a todos os povos, tribos línguas e nações. Segundo Paulo é levar o evangelho onde Cristo não foi anunciado. (Rm.15.20,21)

2 - O nosso chamado por vezes não vai nos deixar escolhas, é preciso abrir mão de coisas importantes. – Simão tinha uma família. Enquanto ele passava, desavisado, por ali, os soldados o forçaram a carregar a cruz de Jesus, se ele se recusasse poderia ter apanhado, ser preso ou quem sabe até morrer. Quantas vezes nós ficamos adiando decisões por não querer renunciar a casa, amigos, namorado, filhos, emprego, conforto... Levar o evangelho às nações não pode ser uma questão de escolha, precisa ser uma questão de obediência e isso envolve renúncia, desconforto, esforço pessoal.

3 - Deus sabe até onde podemos ir, Ele conhece as nossas limitações e enxerga as nossas capacidades. – engraçado que esse homem devia estar extremamente cansado, os que têm ou já tiveram um trabalho diário dependendo de ônibus, viagens longas, sabem também o que é o estresse do dia-a-dia. O interessante é que Simão é escolhido pelos soldados romanos para ajudar Jesus a carregar a cruz, é ele quem a carrega daquele ponto em diante. O nosso chamado, às vezes, nos exige muito mais daquilo que achamos que podemos dar, e Deus conhece exatamente quais são as nossas possibilidades. Pregar às nações envolve investimento, ir além das possibilidades. Todas as igrejas que eu conheço que decidiram investir mais em missões tiveram seus recursos multiplicados.

4 - Deus chama os que estão trabalhando. – Simão não estava sentado debaixo de uma árvore, chupando laranja ou tirando uma soneca. Ele estava vindo do campo. Era um trabalhador, tinha família e buscava sustentá-la. O problema é que nos escondemos atrás das atividades ou dos cargos para não sermos chamados, mas o fato é que Deus prefere os atarefados. Acredito que na Igreja temos pessoas que podem nunca sair de suas cidades, outros sonham em pregar o evangelho no sertão nordestino e até aos ribeirinhos na Amazônia, mas também existem aqueles que vão ser missionários nos lugares mais remotos deste mundo, ser bênção a muitas famílias na terra. Existe uma tese de que toda a família de Simão tornou-se cristã depois dessa experiência lá no Gólgota. Não podemos provar se isso é verdade, mas de uma coisa estou totalmente convencido: Deus está chamando cada um de nós para uma missão extremamente difícil - assumir a tarefa missionária entre os povos e nações desta terra. Aceitá-la, ou não, é a nossa parte, as condições para cumpri-la serão dadas por Ele. O que você pode responder a tudo isso?

O que você vai fazer agora? Será que Deus continuará encontrando “Simãos” para realizar seus propósitos para este mundo?

NOSSA MISSÃO NESTE MUNDO

Atos 8.26-40

1- Nossa missão neste mundo está diretamente relacionada a nossa posição de obediência ao chamado de Deus. (vs.26, 27, 29,30) – por duas vezes o texto diz que o anjo falou e Filipe obedeceu. Se nós não estivermos dispostos a obedecer nunca seremos usados por Deus na obra missionária.

2– Nossa missão neste mundo é proclamar o evangelho a todas as pessoas, independente, de sua cultura, classe social ou opção religiosa. (vs.27) – diz o texto que o eunuco foi adorar a Deus em Jerusalém, ele era um homem influente, tinha posses. Se nós olharmos para a aparência das pessoas só vamos escolher as que mais nos agradam, só que o evangelho foi dado a todas os homens, devendo chegar a todas as nações.

3– Nossa missão neste mundo tem a ver com a nossa preocupação com as pessoas que não conhecem a Cristo. (vs.30) – Filipe chegou perto daquela pessoa, mostrou-se interessado por ela. Quando mostramos interesse pelas pessoas estamos vencendo um dos maiores obstáculos na evangelização: a indiferença.

4– Nossa missão neste mundo envolve responsabilidade para com aqueles a quem pregamos em torná-los membros da família de Deus. (vs.35-38) – do que adianta vermos dezenas e dezenas de pessoas se convertendo todos os meses se nós nunca as ajudamos a tornarem-se parte da nossa família, não as integramos na igreja.

5– Nossa missão neste mundo não é apenas para um momento, uma única pessoa, mas ela é válida para toda a nossa vida nesta terra. (vs.39, 40) – esta experiência com o eunuco não foi a única na vida de Filipe. Ele continuou a pregar o evangelho por todas as cidades em que passava. Quantos de nós nunca falamos de Jesus pra ninguém. Quando foi a última vez que você evangelizou alguém?

OS BENEFÍCIOS DA PRESENÇA DE DEUS

O rei Davi enfrentou diversas "lutas internas" ao tentar trazer a Arca da Aliança de volta a Jerusalém sem ter observado as instruções dadas por Deus. Então desejo refletir os benefícios quando se tem a presença de Deus permeando a nossa vida e ministérios. Tendo Davi seguido à risca as orientações dadas por Deus no transporte da Arca, convocado os levitas e reunido todo o povo, trouxeram a Arca da Aliança da casa de Obede-Edom até a cidade de Davi. Imediatamente podemos observar algumas situações sendo completamente transformadas no meio do povo e da própria vida de Davi. Depois da tragédia envolvendo o jovem Uzá, o rei fica desgostoso e completamente amedrontado diante de Deus, mas agora podendo testemunhar de toda a glória de Deus reverte-se o quadro, destacando-se pelo menos cinco situações: (1º Cr.15.25-28)

1 – A presença de Deus traz alegria. (15.28)

2 – A presença de Deus traz correção. (15.29; 2º Sm.6.20-23)

3 – A presença de Deus provoca renúncia e consagração. (16.1)

4 – A presença de Deus promove trabalho. (16.4)

5 – A presença de Deus traz bênção às famílias. (16.43)

UM MINISTÉRIO RELEVANTE

Nos últimos anos a grande pergunta que não quer calar no fundo do meu coração é a seguinte: - Como continuar desenvolvendo um ministério sério em meio a tantos desvios da Igreja Evangélica hoje? Ouvi nestes últimos meses que a importância em se fazer teologia é a preocupação em manter a prática da igreja fiel ao conteúdo bíblico, sendo necessária uma observação dos avanços culturais e sociológicos da sociedade onde esta igreja está inserida a fim de mantê-la contemporânea sem perder-se o conteúdo bíblico.

A recente história da igreja brasileira revela uma triste realidade da perda da sua identidade com o passar das gerações, de tempos em tempos conhecemos novos modismos na sociedade que insistem em pressionar os crentes a imitá-los. São práticas e manias que vemos infiltrados em nossos cultos sem o menor pudor, desde o estilo de nossas vestimentas até as festas que comemoramos em nossas comunidades. Se a moda diz que as mulheres devem usar roupas transparentes lá estão nossas irmãzinhas deixando aparecer todas as curvas do seu corpo sem o menor cuidado na defraudação. Se o consenso é que os rapazes devem cuidar do porte físico lá estão nossos jovens gastando horas do seu precioso e escasso tempo presos aos exercícios físicos na ânsia de conquistar a definição de músculos que serão apreciados pelas mesmas garotas que se amostram nos corredores dos templos.

Agora talvez este não seja o nosso maior problema em manter-nos firmes aos princípios bíblicos, o que mais me incomoda é a mensagem que esta sendo pregada pelos pregadores da “nova geração”. Dizem eles que hoje tudo não tem nada haver, isto é, se você não consegue viver uma vida santa longe do pecado não tem nenhum problema, se você não é fiel a sua esposa, tudo bem, Deus quer mesmo é que você o sirva com os seus dons e talentos – que hoje está diretamente ligado a quanto você tem no banco - o resto é resto.

Um ministério relevante nos nossos dias primeiro tem que ser teologicamente bíblico. Algumas coisas não podem ser negociadas quando se fala em ministério cristão, não se pode sucumbir às pressões da maioria, não é porque tudo mundo faz que eu seja obrigado a fazer também. È muito mais sadio manter-se as tradições do que inovar e perder-se a essência divina. Nossa estrutura eclesiástica precisa sim de uma contextualização cultural, mas não pode ser igual ao mundo. Muito do que se defende como cultura está profundamente comprometido com os ardis do diabo e isso não pode ser absorvido pelos cristãos deste século.

Em segundo lugar acredito que um ministério relevante também precisa estar preocupado com o social. Desenvolver um ministério baseado em satisfazer somente os nossos sonhos e implementar apenas a nossa causa é muito fácil, difícil mesmo é importar-se com o bem estar de toda a comunidade, atender as necessidades dos outros em detrimento das nossas. Somos uma geração que desaprendeu o significado de servir uns aos outros e buscamos só a nossa bênção, a lei hoje em dia é cada um por si e Deus por todos. No primeiro ano lá no Seminário enquanto discutíamos sobre as sociedades pude entender algumas coisas na minha própria igreja, há uns onze anos atrás a igreja contava com pouco mais de 60 membros e dentre eles talvez um ou dois eram universitários e talvez uns três ou quatro tinham realmente planos para alcançar o sucesso na vida. Hoje, somos em média 300 pessoas onde pelo menos uns quarenta estão cursando uma faculdade ou já terminaram a sua, enquanto outros vinte ou trinta correm atrás de posições melhores daquelas que ocupam agora. Quando discutimos essa situação com os líderes descobrimos que a causa de tudo isso foi da atitude em sempre nivelar as coisas por cima, isto é, trabalhar as pessoas no máximo das suas possibilidades mostrando-lhes que sempre é possível ser um pouco melhor do que somos hoje. O fato de estarmos na periferia de Nilópolis, cercados por todos os empecilhos de uma comunidade carente não nos impediu de olhar para frente e encontrar novas possibilidades.

Em terceiro lugar eu idealizo um ministério relevante àquele que é feito de entrega e renúncia. Infelizmente alguns líderes não compreendem que isso é que diferencia o chamado cristão da profissão secular, um profissional desenvolve o seu trabalho buscando sempre o reconhecimento, já o comissionado investe todo o seu potencial pelo simples prazer de abençoar alguém. É evidente que aqueles que vivem para o evangelho que sejam sustentados e bem sustentados por isso, só que o que encontramos por aí não é bem o que eu chamaria de sustento ministerial, pois muitos líderes evangélicos estão mais para salários de marajás. É quase caso de polícia mesmo.

Talvez a situação econômica do nosso país traga uma certa insegurança àqueles que assumem o ministério, pois na sua grande maioria possuem família, esposa e filhos para criar, então na tentativa de oferecer-lhes o melhor possível acaba tirando do ministério todo o sustento que julgam necessário e causam alguns desconfortos como salários e benefícios muito altos para o padrão da sua igreja ou organização.

Bom seria que todos nós entendêssemos o quão importante é que o ministro, pastor ou missionário tivessem todas as suas necessidades supridas e não tivessem que se preocupar com o dia de amanhã, porém seria muito bom também que esses mesmos ministros, pastores e missionários entregassem o seu futuro nas mãos de Deus, pois é Ele que nos sustenta em toda a qualquer situação.

Em quarto lugar acredito que um ministério relevante precisa ter uma visão que alcance o mundo todo como o seu alvo evangelístico. Por anos a comunidade evangélica brasileira ficou presa a uma visão missionária que só era transcultural, então todo o seu esforço missionário tinha que ser pra fora das suas fronteiras. Hoje, nós enfrentamos as conseqüências disso quando encontramos um país totalmente escravizado pela idolatria e as práticas esotéricas, somos o segundo país em terreiros de macumba do mundo e os maiores magos e feiticeiros vêm para cá buscar “inspiração” para as suas mágicas. A necessidade de fazermos missões nos grandes centros é mais urgente do que nunca, pois essas cidades estão perdidas em meio a tantas confusões de culturas, violência urbana e amor ao dinheiro. Nossas faculdades ensinam que Deus já era e a Bíblia nada mais é do que história de conto de fadas.

Estes são os pontos que devem fazer parte de um ministério relevante em nossos dias um ministério bíblico, preocupado com o próximo, cheio de entrega pessoal e interessado em alcançar o mundo todo para Jesus. Talvez essa seja a antítese do que vemos por aí hoje, mas é a minha ideologia de ministério que estou procurando preservar enquanto mero estudante. Talvez algumas outras verdades venham abrir meus olhos para diferentes realidades, porém acredito que essa essência não posso perder com o passar dos anos.

UMA IGREJA SECULARIZADA

"Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais; e, sim, como a carnais, como a crianças em Cristo". 1ª Co.3.1

Hoje em dia a Igreja Evangélica está vivendo dias de secularismo. Por conta da pós-modernidade onde tudo é subjetivo e relativo, a Igreja rendeu-se a vários paradigmas do mundo. É bom dizer que quando falo "mundo", estou me referindo ao sistema que governa a sociedade atual, onde cada um corre atrás da sua própria felicidade não importanto a posição do outro. Um mundo onde o palavra de ordem é o sucesso. Você é o seu próprio senhor, você é o seu próprio guia, você é o seu próprio "deus". Não há mais espaço para Deus na sociedade atual, o evangelho não atende as ambições humanas, por fala de um estilo de vida baseado na renúncia, no amor ao próximo, no perdão e no arrependimento. Promete uma recompensa num mundo vindouro e garante uma vida de aflições. Esse discurso não denota relevância numa geração que pretende atingir apenas os seus objetivos pessoais. Como se pode viver uma vida de renúncia se o momento é de prosperidade? Como vamos optar pelo arrependimento se eu sou o meu próprio "deus"? Como me preocupar com outro se agora chegou a minha vez de ser feliz?

A Igreja Evangélica contemporânea está reajustando o evangelho na ânsia de "conquistar" mais adeptos, e é aí que cometemos o nosso maior erro. Jesus já no seu tempo, deixou bem claro que Ele veio para cumprir a lei e não abolí-la. Não é o evangelho que vai se amoldar a este século, mas este século que precisa voltar ao evangelho. Comete-se uma grande "blasfêmia" nos púlpitos hoje quando os líderes pregam essa "Teologia da Conquista", quando usa temas como: "Você é mais que vencedor" - "Tempo de Restituição" - "Autoridade Espiritual" - entre tantas outras. Entendo que causa-se um grande mal aos crentes serem saturados por essas "mensagens de fé", que apenas destacam um poder pessoal sobre todo tipo de problema e autoridade ilimitada na região espiritual. Como vou tocar no sobrenatural se não mantenho uma vida santa diante de Deus?

Como vou conquistar a terra se não me submeto as estratégias de Deus? Para que que ser "ungido" de tanto poder se não anuncio as boas novas aos que não conhecem a Cristo? Entendo que esse assunto é tão extenso que precisamos debatê-lo em nossas reuniões de estudo bíblico, grupos familiares, escolas dominicais e etc. Fica aqui apenas uma introdução do assunto...

CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA MISSIONÁRIA

Mateus 28.18-20 – “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: - Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.

Nos quatro evangelhos encontramos essas mesmas orientações de Jesus para o pequeno grupo de discípulos que ainda insistiam em seguí-Lo, antes de sua ascensão. A mim parece muito interessante que depois dos 3 anos e meio de intenso ministério, com as curas, expulsão de demônios, ressuscitação de mortos, ensino e quebras dos mais arraigados paradigmas.

O Senhor Jesus use suas últimas palavras para desafiar seus seguidores a percorrer o mundo para simplesmente testemunhar do evangelho. Tenho certeza que grande parte de nós já ouvimos apelos calorosos de que Missões é a maior tarefa da Igreja e se ele não cumprir o IDE é hora de pensar em fechar suas portas. Talvez você que compartilhe dessas afirmativas, porém nos últimos 15 ou 20 anos, a Igreja tem se distanciado cada vez mais do ardor missionário, parece que não mais entendemos que a obra missionária é nossa responsabilidade de fato. É por essas e outras que eu entendo que nos próximos 10 anos ainda vamos enfrentar muitas resistências e não vamos avançar muito do que estamos fazendo hoje em dia, eis algumas razões que me levam a crer nisso:

1 – Missões deixou de ser um tema que produz audiência.

2 – Missões não se encaixa na maioria das estratégias apregoadas pelos modelos de crescimento de igreja dos nossos dias.

3 – Missões exige investimento financeiro muito alto, para um retorno muito demorado.

4 – Missões não traz reconhecimento pelo que se tem ou pelo que se faz. Mas como falar sobre a relevância de missões nos dias de hoje? Como ser uma Igreja essencialmente missionária?

Acredito que existem 4 razões principais que se observadas podem nos levar a ser a Igreja Missionária que Jesus vislumbrou do alto da montanha:

1 – A Igreja será missionária quando compreender que o olhar de Deus está voltado para o mundo todo.

2 – Seremos uma Igreja Missionária quando compreendermos que o IDE demanda uma ação SIMULTÂNEA em Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra.

3 – Uma Igreja Missionária confia em Deus o tempo todo. Isso implica em dispor todos os seus recursos financeiros, dons e talentos pela proclamação do evangelho.

4 – A Igreja que ama missões também ama os seus missionários, isto é, treina, envia, ora, motiva e sustenta em todas as suas necessidades.

O QUE É INEGOCIÁVEL NO EVANGELHO

“Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos que seja amaldiçoado! Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!” Gálatas 6.1-9.

Transfundo Histórico de Gálatas Autor: A carta afirma ter sido Paulo. (1.1) Durante o século III a.C. alguns gauleses migraram para o planalto do interior da Ásia Menor e ali fundaram um reino. Sob o reinado de Amintas esse reino estendeu-se até a Pérsia, Licaônia e outros lugares ao sul e quando, com a morte de Amintas (25 a.C.) os romanos assumiram o controle, eles o transformaram na província da Galácia. Existe o problema se os gálatas mencionados na carta são os que viviam no norte da província ou os sulistas de várias raças que foram incluídos na província romana. Ao final do século III a área sul foi desmembrada, e a província foi reduzida à parte norte, razão pela qual tradicionalmente se entende que “Galácia” se refere à região norte.
O apóstolo Paulo visitou a área meridional em sua 1ª viagem missionária (At.13-14). Apesar de não ser explícito que ele tenha visitado a região norte, alguns estudiosos entendem que isso se prova em At.16.6 e 18.23. Em Atos 13-14 Paulo e Barnabé evangelizam a região sul da província da Galácia, indo inicialmente às sinagogas, onde pregaram aos judeus e gentios tementes a Deus. Mas em todas as cidades os judeus levantavam oposição. Entretanto, depois de Paulo e Barnabé saírem de cena, parece que alguns cristãos judeus chegaram à região e ensinavam que aqueles que aceitassem a salvação cristã teriam que se submeter à lei judaica, a Tora. Parece que os judeus locais não ensinavam isso, simplesmente opunham-se aos cristãos. Enfatizava-se a circuncisão: “vos constrangem a vos circuncidardes” (6.12; 5.2-6). O autor destaca que a aceitação da circuncisão significa a aceitação da obrigação de cumprir toda a lei da qual ela faz parte (5.3), não importa o que os falsos mestres tenham dito. Ao que parece também se enfatizava a guarda da lei, pois ele também escreve: “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos” (4.10). Também fala que seus convertidos desejam “estar sob a lei” (4.21) e que “procurais justificar-vos na lei” (5.4). Juntando tudo isso, parece-nos que os falsos mestres viam o cristianismo como um judaísmo modificado; estavam ensinando que ter um relacionamento de aliança com Deus significava submeter-se às exigências da lei de Deus. É possível que estes falsos mestres não tenham sido em grande número, pois o autor escreve: “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (5.9). O evangelho foi objeto de sérias concessões por esse novo ensino. O que os gálatas estavam fazendo não era acrescentar alguns novos discernimentos ao significado do cristianismo, mas negar a mensagem cristã essencial. Estavam substituindo a verdade pelo ensino judaico.

A epístola aos Gálatas trata desse problema em relação ao evangelho estar sendo distorcido pelos judeu-cristãos. Paulo imediatamente escreveu para corrigir esse problema. Ele enviou um apelo pungente aos gálatas para que retornassem à fé em que haviam sido salvos. Esta carta cheia de vida tornou-se uma expressão clássica do significado de justificação pela fé unicamente em Cristo. Alguns princípios que não podemos negociar na nossa crença:

1- O maior mal da igreja evangélica hoje é que estamos adulterando o evangelho.

2- Nossa geração perdeu o desejo pela verdade do evangelho. Estamos procurando mensagens que correspondam aos deleites da nossa alma. (1 e 2)

3- Negociamos a verdade do evangelho quando os pecados daqueles que estão do nosso lado não nos incomodam mais. (2.11)

4- Não podemos abrir mão daquilo que nos foi dado por Deus. Se negligenciamos o que Deus nos confiou tornamo-nos rebeldes.

5- A vida cristã é dirigida pelo Espírito, e onde habita o Espírito de Deus não pode haver negociação com o pecado.

CONHECENDO O REINO DE DEUS

A maioria das pessoas não tem influenciado a história da humanidade, na sua geração, por falta de conhecimento do que seja o Reino de Deus. Muitos acham que este Reino é formado somente pelos crentes – porque oram, lêem a Bíblia, cantam louvores e participam dos cultos de uma igreja. Outros acreditam que, além disso, precisam de muita unção curar os enfermos, expulsar demônios e estar em constante guerra contra as potestades e principados das trevas. Alguns já dizem que o cidadão do Reino de Deus não pode se contaminar com o mundo e que essa santidade só pode ser alcançada quando se cumprem algumas regras e doutrinas definidas por seus “pastores-mentores”. Ainda existe um outro grupo que defende o Reino de Deus formado por pessoas que acreditam em Deus e por isso estão livres para fazer o que bem quiserem, pois são filhos do Rei, sendo assim e princesas, e conseqüentemente com autoridade no Reino para mandarem e desmandarem na hora em que bem entenderem. Temos errado também quando afirmamos que o Reino de Deus só é formado por pessoas convertidas, só os evangélicos e suas igrejas é que fazem parte deste Reino. Ora, o evangelho da Bíblia diz que Deus é poderoso em toda a terra sendo o Rei de todo o Universo. Para compreendermos melhor o que estou dizendo vejamos um exemplo: Quando dizemos que alguém é rei da Espanha esse alguém tem seu reino estabelecido em toda a Espanha, e não só numa região delimitada, o seu reino não está limitado aos seus parentes e amigos, mas a todos aqueles que habitam na Espanha. Quer gostem do rei ou não, quer ou conheçam ou não, cooperem com ele ou planejem matá-lo. Deste mesmo modo é o Reino de Deus, Ele domina sobre todo o Universo, é Rei sobre todas as coisas. Nesta sociedade pós-moderna enfrentamos um sério problema em pensar no Reino de Deus. Tornamo-nos extremamente secularizados e assim a nossa lógica é quase sempre materialista, visando lucros e alcançando o sucesso. A teologia da prosperidade – ainda que os seus “bispos” insistam em dizer que ela não existe – já está estabelecida na Igreja Evangélica contemporânea. Toda a nossa liturgia segue esse padrão de vitórias e restituições, nossos cânticos exigem que os anjos nos tragam a bênção – custe o que custar. A nossa homilética tornou-se mitológica, alicerçada numa exegese recheada de símbolos.