segunda-feira, 15 de outubro de 2007

CONHECENDO O REINO DE DEUS

A maioria das pessoas não tem influenciado a história da humanidade, na sua geração, por falta de conhecimento do que seja o Reino de Deus. Muitos acham que este Reino é formado somente pelos crentes – porque oram, lêem a Bíblia, cantam louvores e participam dos cultos de uma igreja. Outros acreditam que, além disso, precisam de muita unção curar os enfermos, expulsar demônios e estar em constante guerra contra as potestades e principados das trevas. Alguns já dizem que o cidadão do Reino de Deus não pode se contaminar com o mundo e que essa santidade só pode ser alcançada quando se cumprem algumas regras e doutrinas definidas por seus “pastores-mentores”. Ainda existe um outro grupo que defende o Reino de Deus formado por pessoas que acreditam em Deus e por isso estão livres para fazer o que bem quiserem, pois são filhos do Rei, sendo assim e princesas, e conseqüentemente com autoridade no Reino para mandarem e desmandarem na hora em que bem entenderem. Temos errado também quando afirmamos que o Reino de Deus só é formado por pessoas convertidas, só os evangélicos e suas igrejas é que fazem parte deste Reino. Ora, o evangelho da Bíblia diz que Deus é poderoso em toda a terra sendo o Rei de todo o Universo. Para compreendermos melhor o que estou dizendo vejamos um exemplo: Quando dizemos que alguém é rei da Espanha esse alguém tem seu reino estabelecido em toda a Espanha, e não só numa região delimitada, o seu reino não está limitado aos seus parentes e amigos, mas a todos aqueles que habitam na Espanha. Quer gostem do rei ou não, quer ou conheçam ou não, cooperem com ele ou planejem matá-lo. Deste mesmo modo é o Reino de Deus, Ele domina sobre todo o Universo, é Rei sobre todas as coisas. Nesta sociedade pós-moderna enfrentamos um sério problema em pensar no Reino de Deus. Tornamo-nos extremamente secularizados e assim a nossa lógica é quase sempre materialista, visando lucros e alcançando o sucesso. A teologia da prosperidade – ainda que os seus “bispos” insistam em dizer que ela não existe – já está estabelecida na Igreja Evangélica contemporânea. Toda a nossa liturgia segue esse padrão de vitórias e restituições, nossos cânticos exigem que os anjos nos tragam a bênção – custe o que custar. A nossa homilética tornou-se mitológica, alicerçada numa exegese recheada de símbolos.

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