sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ele, o silêncio, permite-nos escutar a PALAVRA Criadora e Vital, a Palavra de Deus. Ouvir leva ao diálogo.

Para a civilização do barulho não há diálogo; surge a agressão, a violência, o combate, a traição.

Sem o silêncio não há oração e sem a oração o homem não vive do respiro que independe dele. Orar não é bater boca, mas é rezar (do latim RES = coisa, objeto e do sânscrito ZAR = luz, brilho) isto é, colocar o objeto, o fato, a pessoa na luz.

Portanto, para ver a luz, para ser iluminado, é necessário, também, o silêncio. Hoje tudo se julga, julga-se a qualquer preço, como se “a nossa palavra” fosse a verdade. A Palavra em si, o objeto em si, a pessoa em si necessitam da luz para ser, para se comunicar, para dialogar.

Silêncio, oração e arte caminham juntos. Calar passou a ser apenas um ato feio (de consentimento) quando, na realidade, o silêncio nos permite escutar primeiro para ver e entender o fato, de fato e como é em si. Hoje, refletimos cada vez menos e agimos, conseqüentemente, ao léu. Nossas ações são irrefletidas, pois primeiro não são contempladas.

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